quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
a duPla
Tenho duas arqui-inimigas. Gêmeas traiçoeiras, as duas pretendem acabar comigo. Planejam engodos, golpes, rasteiras sujas, falcatruas mil, ameaçam-me terrivelmente a cada mês. Surpreendem-me sorrateiramente. Tudo isso para acabar com minhas pequenas alegrias. Minha garganta cerra diante de seus atos de traição despudorada. Custa-me a respiração. Adoeço. Enfebreço violentamente. Mas alto lá! Isso não vai ficar assim. Minha vingança tardou, mas será cirúrgica e com requintes de crueldade e justiça torta. Convivemos inseparavelmente desde que nasci. Também as conheço. Saberei a hora e o lugar para entrar fatalmente em ação. Não tinham o direito de me trair. Basta! Vou expulsá-las da minha vida interna. Vou matá-las e ninguém se importara com isso, nefastas! Não admitirei mais inimigos internos em minha vida. Retornarão ao pó, lugar de onde jamais deveriam ter saído. Vocês estão com os dias contados. Amigdalas, suas daninhas oblíquoas!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
pOema chinês
Eu sei exatamente onde fica a China. Sei dos seus gadgets, do seu cachorrinho no espeto e dos pequeninos, minúsculos e necrosados pés de chinezinhas barradas no controle de natalidade. Sinto muito pela frustração dos fogos de artifício do próximo ano novo. Mas a China confunde bem de fora. Em se tratando da escalada do Everest, o que se vê é um planalto central. Nada além. Por que, na China, o Brasil é o país do voley? Muralhas; milênios; milhas de distância e um oráculo quando se faz a pergunta certa. Quem dera agora um avião para desfazer os desencontros geográfico-sentimentais. No ano do Dragão - sim, nesse ano curiosamente chinês - desejo apenas um coração mais acertivo.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Respiração
Existe um choro solitário que ninguém vê.
Matematicamente extremo, o choro de luto
apenas com tempo faz aprender.
Matematicamente extremo, o choro de luto
apenas com tempo faz aprender.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Amizade
Para o Dé
Teus olhos ocidentais têm um tiquinho de oriente escondido nas beiradas.
Quero subir e descer as escadas. Sempre,
e contigo.
Nossas conversas são tão belas quanto todas as nossas caminhadas pelas ruas do centro,
pela paulista quando beira-mar,
na memória da tua infância mais frágil
recolhida no Largo da Santa Cecília.
Casais novinhos, como você, sentados nos botecos das esquinas com seus filhotes dependurados.
Teu olhar é uma promessa de sempre fotografia,
luz e tempo.
Tua matemática é um encanto.
Teus olhos ocidentais têm um tiquinho de oriente escondido nas beiradas.
Quero subir e descer as escadas. Sempre,
e contigo.
Nossas conversas são tão belas quanto todas as nossas caminhadas pelas ruas do centro,
pela paulista quando beira-mar,
na memória da tua infância mais frágil
recolhida no Largo da Santa Cecília.
Casais novinhos, como você, sentados nos botecos das esquinas com seus filhotes dependurados.
Teu olhar é uma promessa de sempre fotografia,
luz e tempo.
Tua matemática é um encanto.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
sábado, 3 de janeiro de 2009
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